O autor reúne em volume um conjunto de registos de
batismo da paróquia de São Frutuoso de Argozelo, 406, entre os anos 1758 e 1859
provenientes de certidões insertas em processos de inquirições de genere para
ordenação de sacerdotes, dispensas e processos de casamento. Documentos
dispersos pelos Arquivo da Diocese de Bragança-Miranda e Arquivo Distrital de
Bragança e cujos livros originais se perderam num incêndio em 1952.
Apesar de poucos para tão grande período de tempo, creio
serem de crucial importância para a reconstituição de famílias não só de
Argozelo, como também, da vizinha freguesia de Carção e permitirem a elaboração
de genealogias.
Revista fundada em 2000 com o objetivo de divulgação do património cultural
das terras e gentes de Vimioso, viu já quatro números publicados.
No primeiro, Nº 0, de 2000:
Luís Alexandre Rodrigues traça algumas notas sobre a
construção da igreja nova de São Frutuoso de Argozelo;
Carlos Prada de Oliveira reúne as respostas dos párocos
do atual concelho de Vimioso ao inquérito de 1756 sobre os efeitos do terramoto
de 1755.
Belarmino Afonso aborda alguns aspetos históricos sobre a
comenda do Hospital em Algoso.
Maria Elisa Prada Belchior deleita-nos com a história do
touro Barroso.
António Rodrigues Mourinho relata o episódio da guerra
das comarcas judiciais entre Vimioso e Miranda do Douro no séc. XIX.
No segundo, Nº 1, de 2002:
Luís Alexandre Rodrigues desenvolve alguns aspetos
arquitetónicos sobre a antiga vila de Algoso no séc. XVIII.
Filipe de Campos mostra-nos como a genealogia se revela
numa ciência possuidora de um vasto campo de análise social, com um estudo
sobre o Vínculo e a capela de Nossa Senhora da Conceição de Argozelo.
Carlos Prada de Oliveira revela o processo de fundação da
capela de Nossa Senhora do Pé da Cruz de Vale de Pena.
No terceiro, Nº 2, de 2004:
Rogério Borralheiro relata o episódio de desobediência do
Juiz de Fora de Algoso, Jacinto de Oliveira Castelo Branco, às ordens do
ocupante francês.
Filipe Pinheiro de Campo inicia a publicação das Famílias
de Argozelo com um artigo sobre os Cepeda.
José Manuel Gomes apresenta notas sobre a mortalidade em
Argozelo entre 1871 e 1900.
Carlos Prada de Oliveira revela, num estudo
institucional, os estatutos da Confraria de Santo Antão de Matela de 1894.
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