Há mais de
30 anos que Georges Dussaud resgata, para a sua arte, o chão de Trás-os-Montes
e, dentro deste, exalta o grandioso naco de terra onde confluem aromas, e
homens e mulheres se apresentam com rasgos labirínticos cravados nas mãos e no
rosto que o tempo se encarrega de marcar, perenemente, tanto foi o labor de uma
vida.
É, pois a
partir das Terras de Bragança, desta Pátria da Pátria, nomeando a expressão que
Sophia de Melo Breyner chamava ao seu berço, que temos partilhado algum do
fermento da obra de Georges Dussaud.
Mês que
ficará ancorado a inteligentes inspirações e criatividades, foi a 25 de abril
de 3013 que se inaugurou, em Bragança, o Centro de Fotografia Georges Dussaud.
Mercê
desses novos caminhos de cultura e de um segmento diferenciador, a fotografia
e, dentro desta, a marca indelével do Artista, na aceção soberana do saber,
oferta-se a todos os públicos, aquém e além dos montes do Nordeste
Transmontano, um impressionante acervo (mais de 200 registos) que fala connosco
a linguagem universal da fotografia.
É neste
empenho que se expõem, agora, 55 fotos, a preto e branco, que eternizam a
apanha da castanha no concelho de Bragança.
E assim,
as lágrimas dos castanheiros, os ouriços, na designação Miguel Torga
aparecem-nos, nesta exposição, retratados como se emoções tivessem.
O mesmo
sentimento que encontramos nos homens e mulheres que arrancam as lágrimas.
Hernâni Dinis Venâncio
Dias
Presidente da Câmara Municipal de Bragança
O catálogo conta ainda com textos de Christine Dussaud, Jorge Costa e José Rodrigues Minteiro
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